7/29/2017

Ozark

Marty Bird parece ser um cara normal. Casado, pai de dois filhos e tem uma empresa de consultoria financeira. Ele analisa tudo demais e parece saber o que fazer. Mantém o sangue frio em qualquer situação. Quando avançamos no piloto, vemos que sua vida não é tão perfeita assim. 

Marty trabalha lavando dinheiro para um cartel de drogas. Ao ver várias pessoas sendo assassinadas, seu sócio incluso, e sua vida ameaçada, precisa criar uma oportunidade o mais rápido possível. Incrível como alguns personagens de ficção se viram tão bem em situações limite. Sua solução é mudar para Ozark, um futuro oásis de oportunidade, o mais rápido possível.


É uma série tensa. O stress corre por todo o piloto. A todo momento, vemos Marty com soluções rápidas para salvar sua vida e de sua família. Quem não faria o mesmo, certo? A vida das pessoas que amamos devem ser valorizadas sempre.

Fiquei curioso até os últimos 20 min do piloto. Vi o Fbi plantando microfones e o chefe roubado de Marty orientando que ele relave o dinheiro roubado e perdi a vontade de continuar. O contador deve ser cooptado pelo Fbi a cooperar e entregar seu chefe, em uma espiral de mortes e violência. Uma pena.

No Banco de Séries - Ozark
Status: Sem grade pra você. 
Próxima: I'm Sorry.

7/20/2017

The Mist

Mais uma série baseada no fantástico universo criado por Stephen King. Os fãs, entretanto, estão com o pé atrás. Apesar de ser mundialmente conhecido, o autor tem sofrido com adaptações da sua obra para a televisão. Mas parece que ainda não é dessa vez que esse receio será vencido. 

Tudo acontece quando uma cidade é imersa por uma sombra bastante densa. Não há perspectiva de visão de longo alcance. Tudo piora quando monstros começam a atacar tudo que vêem pela frente. Seja sincero e diga-me: tem uma cara grande de filme C, certo? Lembra o piloto de Freakish [outra péssima série. Não vá ver, confia em mim].


Tudo é ruim. Atuação, roteiro, personagens... Não vale o tempo perdido.

No Banco de Séries - The Mist
Status: Sem grade pra você. 
Próxima: I'm Sorry.

7/17/2017

Friends from College

Desde o sucesso de Friends que várias séries tentam repetir a fórmula de sucesso. How i met your mother foi uma das que seguiu as pegadas e conseguiu ser bem sucedida, embora o final tenha deixado a desejar. Friends from College junta as duas coisas: eles são amigos desde a faculdade. Embora eu talvez tenha deixado de ver porque eles são exatamente amigos. 

Ao longo do piloto, descobrimos casos, descasos e mentiras. Tem para todos os gostos: amigos tendo casos dentro do grupo, mentiras entre maridos e mulheres, dentro do grupo de amigos e entre maridos e mulheres. Se fazer essas coisas entre amigos, pessoas que você estima desde muito tempo, é amizade, eu espero nunca chegar a esse nível com os meus. 



Longe de reeditar o sucesso dessas duas séries, Friends from College falha terrivelmente. Mesmo com a presença de Cobie Smulders, remanescente do formato, não sinto a menor vontade de continuar assistindo. Continuarei em busca de uma série de amigos que leve amizade a sério e não essa busca de audiência na imitação de algo que já foi. 

No Banco de Séries - Friends from College
Status: Sem grade pra você. 
Próxima: The Mist.

The Last Tycoon

Esta é mais uma série produzida pela Amazon. Ela fala sobre a ascenção do primeiro magnata da história do cinema em um plano para liderar o estúdio onde trabalha. A história é baseada em um livro incompleto de F. Scott Fitzgerald.

Parece que a Amazon resolveu mergulhar com força na vida e obra deste ilustre escritor. Eles já possuem uma série que fala da vida do autor [Z: The beginning of everything, que deve ter sua segunda temporada chegando em breve]. Porque escolher uma obra incompleta não fica claro. Há ótimas obras do autor que podem ser adaptadas à Tv.

Somos apresentados a Monroe Stahr, viúvo, que está produzindo um filme sobre sua esposa. Ele é bem relacionado ao presidente do estúdio e parece ser bastante preparado para assumir o negócio, afinal, o presidente só pensa nas secretárias. Sr Stahr é amigável aos olhos das garotas e chama atenção por onde passa. Mesmo falecida, a esposa continua no centro das suas atenções. 

A série se passa no decorrer da Grande Depressão de 1929, mas antes da II Guerra. Hitler já mostra suas garras, mesmo se tratando da produção cultural de outro país. O anto-semitismo é bastante forte, a ponto de dificultar a produção do filme sobre sua esposa. Esse fato começa um dominó que culmina na união entre o Sr Stahr e Celia, a idealista filha do dono do estúdio. Ela gosta dele, mas ele gosta de outra. O mesmo cansativo triângulo amoroso. Não empolga. Estou fora.


No Banco de Séries - The Last Tycoon
Status: Sem grade pra você.
Próxima: Friends from College.

7/12/2017

Will

Esta série da TNT tenta jogar luz sobre a juventude de William Shakespeare. O piloto mostra a chegada de Will a Londres para entrar no mundo do teatro. Confesso a minha ignorância sobre a juventude do autor e sua família, mas nunca houve grande interesse por ele. Conheço pouco da sua obra. 

Apesar do clima medieval, e não podia ser diferente, a trilha é bastante contemporânea. Há, também, um clima bastante religioso. Católicos e Protestantes caçam uns aos outros e Will tem um tio que foi assassinado por motivos religiosos. O fato de seu terço ser exposto e a reação que isso causa já mostram o clima em Londres. 



Quando uma das maiores companhias de teatro está prestes a perder o seu mecenas, um jovem Shakespeare surge para fazer sua estréia e salvar a todos. Parece chamada de filme da sessão da tarde e talvez seja por isso que não oferece atrativos para continuar. Personagens sem carisma, intolerância religiosa e cultural, além da velha história romântica de sempre. Motivos para ficar longe não faltam. 

Status: Sem grade pra você.
Próxima: The Last Tycoon.

7/08/2017

Snowfall

Esta série se passa durante o ano de 1983, quando ocorreu uma grande epidemia de crack e cocaína nos Estados Unidos. A primeira temporada terá apenas 10 episódios. No piloto, somos apresentados a, pelo menos, 3 perspectivas: o novato, o soldado e o governo. Todos com objetivo de lucrar e melhorar de vida. 

Não deixa de ser uma forma de surfar no sucesso de Narcos. A diferença está em que aqui, não há cartéis reais famosos e o governo não quer impedir o comércio da droga, mas ganhar com ela. Não seria uma história nos Estados Unidos nos anos 80 sem uma forte tensão racial. Cocaína é o sucesso do momento e todo mundo quer uma fatia desse bolo. 


Uma história que promete traições e reviravoltas. Não é o meu tipo, entretanto.


Status: Sem grade pra você.
Próxima: Will.

7/05/2017

Blood Drive

Em um futuro distópico, não há comida, a gasolina é cara e há uma corrida mortal com um prêmio de 10 milhões, mas com uma pegadinha: os carros usam sangue humano. Qualquer semelhança com Mad Max é mera coincidência. 

Quantas séries começam com essa prerrogativa? Acho que dá pra perder a conta. O fato de terem adicionado algo que se relaciona a essa franquia, retomada com sucesso recentemente, mas com um preceito moral [É errado usar sangue humano como combustível] pede por uma suspensão da descrença grande demais. Gore pelo gore. 

De resto, o piloto segue o roteiro: personagens excêntricos, insensíveis e aqueles que querem o retorno à ordem perdida. Os três tipos se digladiam em uma luta cansativa e sem sentido. Alguém sabe onde posso pedir que o tempo de vida perdido vendo este piloto me seja devolvido? 


Status: Sem grade pra você.
Próxima: Snowfall.

7/03/2017

Gypsy

Esta série da Netflix conta a história de uma terapeuta que tem a vida perfeita, mas mistura fragmentos das vidas de seus pacientes com a sua própria, desafiando os limites éticos da profissão. A terapeuta é interpretada por Naomi Watts, conhecida pela franquia do O Grito. 

O ritmo do piloto é bem arrastado. Ele estabelece que Diane é bem estabelecida profissionalmente, mas vê sua vida precisando de desafios. Em um jantar com amigos, pede uma bebida diferente. Nesse mesmo evento, rouba uma folha de prescrição para remédios. Sua filha também parece estar indo mal na escola. Ela também sente ciúmes do marido com a assistente. 


Para quem tem o objetivo de experimentar algo diferente, envolver-se com a ex namorada de um dos seus pacientes parece uma ótima opção. O limite ético fala por si só e Diane não o ultrapassa, por assim dizer. Muitas séries vendem essa idéia de forçar os limites como forma de atrair telespectadores, mas acabam não entregando o prometido. Um truque barato e desnecessário. 

A conversa entre as duas, embora não leve nada muito a Diane, talvez revele mais sobre si mesma do que o esperado. Pensamentos e atitudes que a farão questionar suas decisões até agora e os reflexos dela para o futuro. Algo a leva a ter esse comportamento. Eu apenas não tenho a paciência de esperar todos os episódios para descobrir.

Status: Sem grade pra você.
Próxima: Blood Drive

7/01/2017

Glow

Essa série é mais uma aposta da Netflix. Conta a história de uma atriz desempregada que tem uma chance de viver seus sonhos através de uma série sobre lutadoras. Foi criada pela mesma equipe responsável por Orange is the new Black. A expectativa, portanto, acaba sendo alta. 

Outro ponto que aumenta a pressão sobre a série é o fato de que muitas séries originais estão sendo canceladas. Sense 8 foi a primeira e Girlboss foi em seguida. Há outras séries correndo o risco de serem canceladas em um futuro próximo e que podem não ter a mesma sorte de Sense 8, que vai ter um episódio para encerrar a história.


Ruth acaba em um projeto erótico após ser rejeitada mais uma vez. Sua vida no geral é um fracasso, mas ela acaba dando uma chance. A estética é bem exagerada e alguns diálogos são bem clichê. Certo que uma série com lutadoras é bem empoderador, mas, desde o início, a diretora de elenco deixa claro que esse é um papel erótico [não pornô]. O fato de um homem estar à frente do projeto só confirma o papel ultrapassado da produção.

Acho que o Netflix deveria selecionar melhor os projetos a que dá seguimento.

Status: Sem grade pra você.
Próxima: Gypsy.