5/19/2017

Downward Dog

O penúltimo piloto desta mid season nos apresenta Martin, um cachorro. Ele está narrando em primeira pessoa, como em um falso documentário. Ela fala da vida de Nan, sua dona, do seu ponto de vista e como ele reage ao que acontece cotidianamente. É bem interessante. 

O formato de 20 min sugere uma comédia, mas ela é bem mais profunda. Talvez possa ser considerada uma dramédia, uma vez que combina fatores de ambos, embora a comédia entre mais em um aspecto trágico. A relação de ambos não é exatamente perfeita, mas talvez ajude a explicar tantos comportamentos de cachorros por aí.


Confesso que estou indeciso. Minha cachorra de 15 anos faleceu a pouco mais de um mês e não sei se estou pronto para acompanhar algo assim. Acredito precisar de mais alguns episódios para chegar a uma conclusão.

Status: Incerto.
Próxima: Still Star-Crossed [29/05]

5/17/2017

Marvel's Agents of Shield - 4@ Temporada

Alerta de spoilers!

Agents of Shield começou essa temporada flertando com o místico. O primeiro episódio trouxe a grande retorno do Motoqueiro Fantasma, de volta à Marvel. Houve confusões, claro. Muitas pessoas demoraram a descobrir que havia um novo motoqueiro, além do Johnny Blaze, feito nos cinemas por Nicolas Cage. O "Rider" do seu nome pode ser traduzido como motorista, sem limitar o que seria seu veículo, nesse caso, um carro.

Além do novo motoqueiro, também tivemos a apresentação de um livro místico, o Darkhold. Aparecendo durante toda a metade dessa temporada, a gincana sobre quem deteria o livro no fim marcou todo o ritmo. Ele serviu para quase mandar Coulson a um lugar de onde não poderia voltar e para fazer a ponte para o vilão da segunda metade da temporada. Aida salvou o dia quando foi necessário, mas não sem ser seduzida pelo poder do livro.



Não demorou a vermos nossos heróis presos em uma realidade paralela, correndo o risco de serem mortos. Foram episódios que foram interessantes, mas doloridos. Impossível não se emocionar com o "retorno" de personagens como Trip e socar a tela da tv quando Ward reapareceu. Demos adeus ao Diretor Mace, que perdeu importância na trama quando foi revelado que seus poderes não eram naturais.

O episódio final acabou sendo usado para fechar todas as pontas soltas. Tivemos o retorno de Rob Reyes, o Darkhold, o russo que passou a temporada atrás do Coulson, Aida e o Framework. Coisas demais para um episódio de 40 min. A vingança de Aida foi um pouco exagerada e Daisy até brinca com ela ao sugerir terapia. Ela "matar" Simmons lhe conferiu algum peso dramático até descobrirmos que era uma LMD.

O fim do arco do Mack também trouxe emoção. O contraponto com a reação de Yo Yo acabou deixando isso um pouco exagerado. Algo me incomoda, entretanto. Se Aida foi capaz de criar um corpo para si no mundo real, por que isso não foi feito com a filha do Mack? Se Fitz tinha a lembrança do que fez no framework, poderia ter resolvido esse problema.

A 5@ Temporada, pelos eventos desse season finale, deve ser no espaço. Vamos esperar ansiosos.


5/16/2017

Moby Dick

Decidi ler MD por conta do status de clássico. Eu esperei por uma coisa e o que recebi foi completamente fora da minha expectativa. 

A história do Pequod não é de todo ruim. As partes "técnicas", onde o autor se desdobra sobre classificações [não atualizadas] são completamente maçantes. Sempre que via um capítulo com essa natureza, precisava lutar contra o instinto de abandonar a leitura. Mesmo os capítulos que falam apenas de coisas, como o roubo do chapéu, não trazem nada de novo ao texto. São pura prolixidade. 

O texto também não ajuda. O autor usa um estilo rebuscado, cheio de referências pouco conhecidas. Minha edição possuía notas de rodapé, mas as que estavam no fim do livro ficarão sem ser consultadas. Impossível não se decepcionar com tanta fama mal merecida. Compreensível e justificável que este livro esteja entre o mais abandonados de todos. 



Ahah, certamente, é o retrato da obsessão e arrasta todos atrás do seu objetivo, separando-se de qualquer vestígio de humanidade. De resto, não há identificação com qualquer outro personagem. Sabe-se pouco deles e todos ficam imersos em um sentimento de pena, uma vez que o desfecho da trama vai sendo entregue nos capítulos finais. Quando se realiza, a surpresa ficou pelo caminho. 


O final, entretanto, é emocionante. Pode-se ver cada detalhe do ataque da baleia e as imagens são nítidas. É muito bom. Pena que o restante da narrativa deixa a desejar. Se fosse outra a conclusão, Ahab seria sinônimo de perseverança. Uma pena. Em tempos de discursos favoráveis à perseguição de sonhos, ele seria um exemplo poderoso, inspirado a vários por décadas. 

5/15/2017

Renovadas x Canceladas

O pessoal do Série Maníacos fez uma relação das séries que foram cancelas e renovadas pelos seus respectivos canais. A lista abrange os canais ABC, CBS, CW, Fox e NBC.

Relação completa

Algumas farão falta. Outras, já vão tarde.

5/10/2017

I love Dick

Um casal precisa manter seu casamento quando encontram o professor Dick. Seu carisma mantém os dois presos e gera consequência específicas.

Essa é mais uma série da Amazon, a 4@ nessa Mid Season. Há rostos conhecidos [alguns falam por si mesmos] e a trama pode ser meio batida, mas a execução é bem diferente. O piloto é como uma carta, da protagonista feminina ao Dick, apesar de sua presença na comunidade ser vista como uma distração e seu incômodo ser palpável. 



Ver um casamento em crise, onde a esposa se apaixona pelo sujeito misterioso e desconhecido, armado de alguns maneirismos e frases prontas, como se questionasse algo, demais para mim. Não possuo o que é necessário para continuar. Mas também não tenho o interesse. 6 por meia dúzia.

Status: Sem grade pra você.
Próxima: Downward Dog.

5/08/2017

Genius

Essa série do Nat Geo tem como objetivo mostrar o desenvolvimento pessoal e intelectual de grandes nomes da ciência e artes em geral. O primeiro escolhido foi Einstein. 

Como fã declarado de séries científicas [vi as duas temporadas de Cosmos e adorei. Recomendo, inclusive], não tinha como ficar sem ver. Einstein é um dos cientistas que mais respeito. Acredito que uma das primeiras biografias que li foi dele [lá em 1999, mas minha memória não é tão precisa]. Tenho esse livro em casa até hoje. 



A série não apenas mostra o crescimento de Einstein, mas o momento social em que viveu. Morando na Alemanha, às vésperas da II Guerra, pode-se ver o início do nacionalismo alemão e o anti semitismo. É fascinante poder ver de perto a vida de um personagem tão peculiar. Uma chance que não deve passar em branco.

Status: Grade.
Próxima: I love dick.

Hot Girls Wanted: Turned On

Em 2014 foi lançado um documentário sobre a indústria do cinema pornô. O nome é Hot Girls Wanted. Eles acompanharam a vida de 3 meninas que estavam chegando para fazer sua estréia na indústria do cinema pornô. Não seria estranho se aquele sucesso fosse canalizado para uma série. 


Os 6 episódios abordam mais que o documentário. Cada um se relata a uma situação específica, mas vista pelo lado feminino. O primeiro, por exemplo, fala de como surgiu as mulheres que trabalham na indústria e de como o fato de ninguém mais pagar por vídeos eróticos na internet dificulta o trabalho delas. O fato de haver inúmeras produtoras que lançam vídeos todos os dias permeia quase todos os episódios. 

Outros episódios mostram como a tecnologia afetou vários aspectos do ser humano atual. O segundo, aborda a inconstância dos relacionamentos modernos ao mostrar um rapaz que só conhece pessoas via aplicativos de namoro. O último aborda o caso de Marina Lonina, que transmitiu uma relação de sexo não consensual através de um aplicativo de vídeos. 

Vale a pena ver os 6 episódios. Estão disponíveis no Netflix. 

5/05/2017

The Handmaids Tale

Esta série é baseada no livro de mesmo nome. Uma teocracia cristã derrubou o Presidente dos Estados Unidos e assumiu o poder no mundo. Um regime de castas foi instalado e cada membro da sociedade tem uma função específica. A personagem principal, Offred, é uma concubina encarregada pela reprodução. Quando é encarregada de acompanhar o Comandante, a história toma um rumo diferente do previsto. 

Esse é mais um livro que não li [e esse não está na lista]. Já vi uma história parecida em V de Vingança e devo dizer que a mistura de Estado com religião e guerra completa uma mistura absurdamente cruel. Há constante reforço para que todas as condutas sejam conforme o código de conduta moral imposto. Reforços sutis e outros nem tanto. 


Fico bastante incomodado com esse tipo de narrativa. Como defensor absoluto da liberdade, vejo-a como inegociável. Não importa em nome de quem seja. O simples fato de um movimento religioso ter derrubado um governo legítimo e imposto a sua moral como mandamento dominante causa em mim a mais profunda revolta.

Claro que a perspectiva da história é da Offred, que possui profunda resistência ao regime, embora não possa fazer muito sobre. Elisabeth Moss, a Peggy de Mad Men, está muito boa no papel. Não vejo nada dela desde aquele final e acho interessante contrapor esse final com este começo. É onde se vê a capacidade do ator de adaptar-se a novas situações. Que atriz da porra!

Mas toda essa violência esfriou a minha vontade de querer continuar. Há um limite para o tanto que consigo aguentar. Somado ao excesso de religião, só a persistência explica o piloto ter sido visto até o fim.


Status: Sem grade pra você.
Próxima: Genius.

5/04/2017

Great News

Mãe e filha testam a sua relação quando a primeira arruma um estágio na mesma empresa da segunda. Kathryn,a filha, faz de tudo para que a mãe seja demitida, pois seu trabalho é o único lugar que lhe mantém em paz e distante da família. Seu chefe, entretanto, faz questão de manter a mãe na empresa. 

Kathryn não tem uma relação complicada apenas com sua mãe. Seu chefe imediato e o âncora do jornal em que trabalham também são pessoas difíceis. Como sua mãe tem alguma influência na redação, ela aprende a usá-la a seu favor bem rápido.


Ela não é exatamente como as outras comédias de família desfuncional. O foco deve ser na relação de mãe e filha, mas é um humor preguiçoso e batido. Agradeci quando vi que o episódio tinha apenas 20 minutos. O piloto parece ser duplo, mas assistir apenas o primeiro já foi mais que suficiente. 

Status: Sem grade pra você.
Próxima: The Handmaids Tale.

5/03/2017

American Gods

Essa série é a realização televisiva do livro de Neil Gaiman. Apesar de conhecer a obra do autor, eu não tinha idéia da existência desse livro até o anúncio da série. Comprei o livro para sobreviver a uma fila de espera na Ccxp 2016 e sequer passei do primeiro capítulo. Mas ele está, oficialmente, na minha lista

O piloto começa bastante gráfico. Sangue e morte para dar e vender. A premissa do Deus da guerra nórdico preso na América contemporânea é ótima. A conversa entre Shadow e Mr. Wednesday no avião é fantástica. Somado às "alucinações" do personagem, fecham um primeiro episódio digno de aplausos.



O aparecimento de outros deuses, o mistério sobre a real identidade do Mr. Wednesday e a fotografia da série são a cereja do bolo. Neil diz no livro, na versão que eu tenho, que alguns lugares da narrativa são reais e podem ser reconhecidos. Faço votos para que a série se mantenha fiel ao material original.

Esse episódio me fez desejar não apenas ler logo o livro, uma vez que não sei determinar até onde irá a 1@ temporada, mas já quero logo o demais episódios. Vida longa a American Gods!

Status: Grade. 
Próxima: Great News. 

5/02/2017

The White Princess

Essa é mais uma série de época. Continuação de The White Queen, essa história começa em 1485, quando Elizabeth tem seu casamento arranjado com Henrique VII. A virada acontece quando o irmão de Elizabeth tem planos para tomar o trono para si, pondo abaixo os planos para unificação da Inglaterra. Sinopse que caiu já no piloto. O irmão de Elizabeth vira uma possibilidade para um futuro distante, visto que é uma criança.


Henry Tudor assume o reinado e manda remover tudo do seu antecessor. Chegou ao fim a Guerra das Rosas [que também inspirou outra série bem famosa...] e o Rei precisa dar demonstração de força. À semelhança da outra série, há resistência e, principalmente, conspirações.

O ritmo do episódio é bem rápido, considerando o tipo de série. Infelizmente, não o suficiente para entrar na grade. O tema é bastante específico e eu já estou acompanhando outra série baseada na Guerra das Rosas em outro canal.

Status: Sem grade pra você.
Próxima: American Gods.

5/01/2017

Dear White People

Essa é uma daquelas séries que já encontrou a polêmica antes da estréia. Baseada em um filme de 2014, essa série aborda a vida de estudantes negros em uma faculdade conceituada nos Estados Unidos. Esse tema não é abordado de hoje e não terá uma abordagem simples. 

Tudo começa quando uma fraternidade decide dar uma festa chamada "Dear Black People". O nome da festa é uma resposta ao programa de Samantha White, que dá nome à série. Nessa festa, apesar de ter sido cancelada pelo reitor, os convidados são incentivados a usar maquiagem que os deixa com a cara negra [black face]. Visto como profundamente ofensivo, isso gera uma reação em cadeia junto aos estudantes negros daquela universidade. 


É nesse momento em que a série fica interessante. Apesar de ser referência na defesa dos estudantes negros, Samantha namora um rapaz branco. Os estudantes negros não são unidos em sua própria defesa e, por fim, descobrimos quem realmente está por trás da festa. Uma série de acontecimentos que lhe mantém curioso no desenvolvimento da trama. O primeiro episódio, entretanto, é bastante hermético. 

Talvez, por isso, tenha perdido o interesse em continuar. Não consigo ver como a história pode evoluir a partir desse episódio. Mesmo assim, esse tipo de trama não me atrai.

Status: Sem grade pra você.
Próximo: The White Princess.