7/17/2015

Uniformidade, parte I

Tenho 30 anos. Acredito, por conta da minha experiência pessoal, que já vi coisas demais nesse tempo de vida. Deveria ter a humildade de reconhecer, por esse mesmo motivo, que não vi nada ainda. A vida é demasiado complexa para que alguém que mal chegou nos 30 ainda achar que nada mais lhe surpreenderá pelo resto da sua vida. 

Além da contradição, também carrego comigo a curiosidade e a minha capacidade de observação. Gosto de ler livros de história porque concordo com aquela máxima escrita por George Santayana: "Aqueles que não conhecem o passado estão fadados a repetí-lo". Acredito que a história possui um fator fortemente cíclico. E do mesmo jeito que é a história, porque não o mesmo com as pessoas? 

Lembro de ter visto uma série ["Dead like me] onde uma das personagens advogava que "as pessoas não são flocos de neve". Concordo que o número personalidades é finito. Por mais que todos nós vivamos em locais e sociedades diferentes, possuímos um fundo cultural comum. Claro que esse fundo acaba sendo mais de regras gerais. Não há como se acreditar que vivamos todos sobre o mesmo aspecto cultural. Não vivemos. Mas pelo menos no Ocidente, podemos falar sobre isso sem maiores sobressaltos. 

Meu argumento é: a vida, por mais complexa que seja, é repetitiva. Há um determinado número de situações [pode-se deduzir isso através da observação histórica] e um determinando número de personalidades. Logo, por que não tentar [ênfase no verbo] criar uma forma padrão de reagir a uma determinada situação? 

Acredito que esse é o conceito de policy*. Os dicionários de administração, entretanto, só abordam a policy em termos governamentais e/ou administrativos. E eu pergunto: não será possível se levar esse conceito para as nossas vidas pessoais? 

Inté

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