7/20/2006

Talvez...

Toda pessoa é um ser influenciável. Uns mais, outros menos, depende do grau de esclarecimento da criatura. Infelizmente, aqui no Piauí, onde eu vivo, as pessoas se deixam muito influenciar. Como diria "Tia" Keka, as pessoas daqui ainda são muito influenciáveis. E isso é lamentável. Afinal, virar massa de manobra não é interessante pra ninguém, a menos que você tenha pleno controle dessa massa. Ser chamado de alienado não é algo que alguém vá gostar, mas ter acesso a educação ainda é algo relativamente difícil por aqui. Esperamos que isso mude, mas não é minha intenção falar disso agora.

O fato é que o piauiense sempre foi mais suscetível a aquilo que vem de fora. É como se nada do que fosse produzido aqui fosse bom o suficiente para ser mostrado como fator de orgulho. Temos Torquato Neto, um dos maiores referenciais na música e quase não se fala dele por aqui. Nossos times não são bons o suficiente para torcermos por eles. Nossa educação não é boa o suficiente para que os filhos de Teresina fiquem por aqui após o vestibular. Acabamos idolatrando tudo aquilo que é feito fora. Idolatramos times que não ligam pra nós, bandas que vem ao Piauí "cumprir tabela" e faculdades que... que... bom... tiram nosso dinheiro do mesmo jeito que as nossas(talvez até melhor).

Acabo sem saber o porque disso, embora confesse que gostaria de saber. Talvez seja pela nossa baixa auto-estima? Pela simples vontade de gastar R$? Ou seria por algum motivo que eu desconheço? Não sei. Só devo achar que o Piauí deveria se valorizar mais. Idolatrar o "feito aqui". Talvez assim a auto-estima do piauiense melhorasse e ele não se diminuísse com as pressões externas. Talvez fosse melhor do que levar carões em shows ou idolatrar times que vem ao Piauí só "cumprir tabela". Talvez mesmo assim o pessoal daqui se empolgasse pra produzir mais com uma qualidade maior.

Quem sabe?

Victor Castelo Branco,
Riverino e fã da música piauiense

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