12/01/2005

Brasil nunca mais

Ontem, no Brasil, foi cometida mais uma injustiça.

A Constituição garante que ninguém será condenado sem o devido processo legal. No entanto, tanto a câmara como o senado tem autonomias próprias para que possam regular os seus regimentos internos. No entanto, nada pode contrariar a Constituição, afinal, o poder legislativo existe para fazer as leis dentro do poder constituinte originário e não para se voltar contra a maior delas. Mas, caso algo assim aconteça, a lei é julgada inconstitucional e seus efeitos são como se nunca tivessem existido.

Mas isso não muda muito. Somos acostumados a cometer injustiças. Julgamos antes da lei. Ou melhor: nossos meios de comunicação julgam por nós. Eles, que deveriam apenas informar acima de tudo, julgam a tudo e a todos de acordo com os seus tão escusos interesses.

Ontem, Um homem foi cassado sem provas.

Mais um absurdo na nossa história recente, que parece colecioná-los. Sabe qual o precedente que isso abre? Nossas instituições estão à mercê de julgamentos parciais de órgãos de comunicação que julgam antes da justiça. E, se um deputado pode sofrer com isso, que se dirá de um cidadão comum? Será se ninguém sem lembra do caso da Escola de Base em São Paulo?

No fundo, isso só serve para mostrar o tamanho da crise pela qual passam as nossas instituições públicas.

Quantas pessoas sabem que Fernando Collor foi inocentado alguns anos atrás de tudo o que ele fez no seu tempo na presidência? Quantas pessoas viram, por exemplo, ACM renunciar ao mandato e voltar no ano seguinte como se nada tivesse acontecido?

Que país é esse? Sim... é o Brasil.

Mas ele vai voltar. Vai voltar mais forte. Vai voltar como todos aqueles que já voltaram antes, mesmo que estes não tenham merecido. Afinal, um dos pressupostos da democracia é que a pessoa possa voltar. Afinal, por que não?

Inté

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