Rapidinhas: Eu mereço...
@ Estou indo a LC nesta tarde. Volto no primeiro vento que rumar pra Teresina. Ponto não está em discussão.
@ Deixo dois abraços de aniversário:Um pro companheiro Jacaré Antônio Biondi e outro pro recém formado Daniel Fonseca.
@ Segue texto sobre o que eu acho daquela cidade... Inté a volta.
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"Todo começo de ano, quando se aproximam os períodos de férias, e nossas famílias nos colocam dentro do carro, sabemos que vamos percorrer 400 km em direção do inferno. Deus, do auto da sua inteligência, criou Luís Coréia para nos lembrar de como é o inferno. Uma forma brilhante de nos fazer querer ir para o céu".
Victor Castelo Branco
Luís Correia: Cidade Maldita
Não conheço a história da cidade. Também sou incapaz de analisar se isso é culpa minha ou dos livros de história do Piauí que eu não tive enquanto ia para a escola.
A cidade em si se resume nas suas poucas praias. Quase não há pessoas nativas, mas muitas delas vivem da pesca, turismo (muito pouco desenvolvido e explorado) e vigília (tomar conta das casas dos teresinenses que vão até lá nas férias). Seria uma boa cidade se não fosse uma cópia muito piorada de Teresina. Há quem diga que são duas cidades: uma no período de férias e outra nos períodos normais. Mas L.C. é uma só: uma cópia fiel do inferno.
Se o comportamento da humanidade já não é muito bom no carnaval, por exemplo, em L.C. é ainda pior: os sons são ligados a partir das 13 horas, cada carro com seu som próprio, no último volume e com uma música e estilo diferente. Um consenso é impossível. Quem tiver a maior caixa de som e a maior potência ganha.
A sensação de ir a L.C. todo período de férias é como ver um filme de terror repetidamente e ainda tomar parte nele. As pessoas e as músicas são as mesmas. Nem mesmo os mosquitos se renovam.
A cidade que não dorme durante o carnaval por que o som do vizinho não deixa não possui estrutura nem mesmo para os próprios piauienses, imagine-se para os turistas. Se não tem estrutura, também não possui opção: ou se faz o que os outros estão todos fazendo ou não se faz nada. O barulho não permite que uma pessoa leia um livro, por exemplo. Como quase todo mundo faz a mesma coisa, ninguém sente muita falta dos livros.
L.C. é tudo isso. O que ainda continua nos atraindo a ela? Deve ser o nosso instinto masoquista ou deve ser a falta de ter o que fazer em Teresina. Não sei e não vou palpitar aqui. Quem não acredita que vá lá e confira. Mande um cartão postal do inferno pra mim, se é que eles sabem o que é isso lá. E não digam que eu não avisei.
Victor Castelo Branco Rodrigues Alves
12/25/2004
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