12/20/2003

'Liberdade sim, mas para quê?'
Professor emérito da Universidade de Paris
fala sobre jornalismo livre no mundo

Gilberto de Souza - Repórter do JB

Professor emérito de Informação e Comunicação
no Instituto Francês de Imprensa da Universidade de
Paris, o doutor Claude-Jean Bertrand é um defensor
da velha receita que mistura cautela e prudência na
hora de os jornalistas buscarem a realidade dos
fatos, no dia-a-dia da profissão. Em palestra
realizada nesta quinta-feira, em Brasília, durante o
seminário promovido pela Associação Nacional de
Jornais (ANJ) que teve o nome de Exercendo a
Liberdade de Imprensa, o mestre se disse favorável à
liberdade de imprensa.
- Liberdade sim, mas para quê? A liberdade não
pode ser um fim em si mesmo. Somente será válida
desde que tenha uma finalidade: a defesa dos
interesses mais altos da sociedade
- disse.

A afirmativa seguiu-se à lembrança que o
Brasil vive entre o alvorecer de um período de
respeito aos direitos dos cidadãos a uma informação
livre e de qualidade, ao mesmo tempo em que se
agravam os riscos dos profissionais que produzem o
noticiário.
Em entrevista exclusiva ao Jornal do Brasil,
Bertrand ressaltou que apesar de os custos de
produção transformarem a mídia ''inexoravelmente em
uma indústria'', nem o poder do mercado nem a força
dos governos têm capacidade inviabilizar a fluidez
da comunicação.

- A internet, com seus milhares e milhares de
jornais eletrônicos são, hoje, uma referência tanto
para a sociedade quanto para a própria imprensa.


E ele vai além:

- Hoje em dia, muitos profissionais fora da
chamada ''grande imprensa'', que têm alguma
informação de peso, tratam de passá-la. Também
percebo que, há muito tempo, algumas grandes
empresas jornalísticas no mundo vêm fazendo um
grande trabalho, a despeito das pressões que ocorrem
tanto por conta do mercado, quanto dos governos.
Penso, ainda, que isso ocorre porque os jornalistas
insistem em fazer um bom trabalho. Um jornalista,
meu amigo, que faz um trabalho irrepreensível na
área do meio ambiente, no Havaí, fez um artigo e o
encaminhou ao seu editor. Na primeira semana não
saiu. Ele voltou na semana seguinte, nada feito. Ele
retornou na terceira semana e, diante das desculpas
para a não publicação do artigo, simplesmente disse
que, caso não fosse impresso, se demitiria. O texto
foi publicado
- contou o professor.

O preparo técnico dos profissionais de
imprensa, para Claude-Jean Bertrand, ''é um outro
ponto fundamental para que o exercício da liberdade
ocorra com responsabilidade''.


Um ponto nevrálgico desta discussão: a
obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para
exercer a profissão, na opinião do o professor da
Universidade de Paris, é uma questão vencida.

- Não se trata aqui da graduação do
profissional, mas de seu nível de conhecimento.
Jornalistas têm que ter um nível universitário de
graduação. Mas não que isso seja obrigatório para o
exercício da profissão, pois somente o fato de ser
obrigatório já seria uma exceção à regra da
liberdade - afirma.


O professor francês, doutor em Língua Inglesa,
tem uma visão peculiar acerca da liberdade de
imprensa e da luta que várias instituições realizam
na tentativa de preservá-la.

- Liberdade pode ser também, simplesmente, a
liberdade para realizar um grande negócio, a exemplo
da guerra do Iraque, como quis George Bush.

E completa:

- Creio que a liberdade seja um meio, não um
fim. Não se necessita da liberdade pela liberdade,
mas da liberdade para se fazer alguma coisa. Existe
a idéia de que liberdade é liberdade é liberdade.
Que se é feliz simplesmente porque se tem liberdade.
A imprensa francesa, na época da Segunda Grande
Guerra, era livre. Livre para ser a mais corrupta da
Europa
- avalia.

Os riscos para o exercício da profissão, para
Bertrand, são outro empecilho à liberdade de
imprensa, embora ele seja contra os abusos e os
voluntarismos próprios do arrojo profissional.

- Há riscos na profissão, quanto a isso não há
dúvida. Mas muitos jornalistas morrem por nada,
porque correm riscos desnecessários. No Brasil há
perigo real ao se investigar o narcotráfico, mas
deve-se, sempre, evitar a síndrome do He-Man -
aconselha ele
.

12/17/2003

Isso chegou do Maranhão. Espero que possamos fazer igual

GEnteM,
As eleições por aqui terminaram hoje, elegemos no total 9 delegados
(UFMA/FAC. Saõ Luís), o MA estará bem representado. Os pré-cobrecos serão
realizados nos próximos fins de semana e temos tempo suficiente para
discutir todos os eixos. Realmente o "perrengue" maior é conseguir verba
para chegar em Brasília, mas vamos dar nosso jeito.
Vc podem nos aguardar!!!
Hanna Ichimura
Delegada
Coletivo ENECOS MA


Valeu, Hanna!

"Fui pro Cobrecos e só tenho uma certeza:
Ser observador é a minha natureza.
80% de aproveitamento...
Sou um delegado, que tristeza,
que lamento. "

Inté
Victor

12/16/2003

E Ontem, no Castelo de Caras...

Ontem saiu o resultado do Provão. E pasmem: o Direito(curso mais conceituado no Ceut), ficou com um mísero "C", no mínimo confirmando tudo o que eu já venho dizendo aqui já há algum tempo. Será se este continua sendo o sentido?

Enquanto isso, o aluno de Direito favorito da Ufpi continua fazendo as 3ªs provas e provas finais. Ontem recebi o resultado de Direito do Trabalho(passei!), Ciência das Finanças e Direito Penal I(ambas para prova final...).

Ainda fui chamado atenção do meu professor de Direito do Trabalho. Ele me cobrou dedicação e me pediu que eu não tentasse abraçar o mundo com as pernas(?!?).

Em breve, uma avaliação minha do que foi esse ano maluco. 2003: o período que não acabou ainda...

Inté
Victor

12/14/2003

Titãs - AA UU

AA UU AA UU
AA UU AA UU
Estou ficando louco de tanto pensar
Estou ficando rouco de tanto gritar

AA UU AA UU
AA UU AA UU
Eu como, eu durmo, eu durmo, eu como
Eu como, eu durmo, eu durmo, eu como

Está na hora de acordar

Está na hora de deitar

Está na hora de almoçar

Está na hora de jantar

AA UU AA UU
AA UU AA UU
Estou ficando cego de tanto enxergar
Estou ficando surdo de tanto escutar

AA UU AA UU
AA UU AA UU
Não como, não durmo, não durmo, não como
Não como, não durmo, não durmo, não como

Está na hora de acordar

Está na hora de deitar

Está na hora de almoçar

Está na hora de jantar

AA UU AA UU

Acho que essa música reflete um pouco o meu pensamento agora. Tantas confusões, pressões e tão poucas soluções...É relamente pra isso que nós vivemos ou esperamos viver tanto?
Responda quem puder ou quiser.
Inté
Victor

12/08/2003

Pronúncia: Vikutoru



Pronúncia: Mariana

12/03/2003

EU e eu

Eu tenho passado por muitas dúvidas nós últimos dias. Dúvidas sobre a minha imagem perante as pessoas das minhas duas faculdades. Primeiro, é a turma(Diego, Rafael Pigmeu e Filipe "Grilo Falante") me questionando a quantas eu ando com o curso de Direito. E concluindo que eu deveria largar o curso pq não estaria fazendo jus a ele.
Realmente eu tenho que admitir que o curso de Comunicação anda fazendo mais sucesso que o de Direito. Pq lá na Ufpi tem vários fatores que eu desconheço no Ceut.
Mas o meu ponto é: como anda a minha imagem pelo curso de Comunicação? Se hoje, eu me candidatar a delegado no XI Cobrecos, eu seria eleito ou continuo sendo visto como uma pessoa nova, sem conhecimento de causa e sem seriedade?
Sem querer dar uma de Orlando Berti, mas quando as pessoas vão ver o que eu fiz e o que eu estou fazendo?
Eu sei que isso está parecendo esgoísta e extremamente individualista,mas eu tenho que tirar essa dúvida existencial a limpo...Não quero que a minha imagem saia mais arranhada do que já está.

Inté
Victor