Esta série prometeu tecer episódios sobre a vida de grandes gênios da humanidade. Essa foi a primeira promessa. A segunda foi no poster. A imagem de Geoffrey Rush atiça a curiosidade. Ele traz credibilidade ao personagem a junção entre dois grandes talentos. Essa promessa já foi quebrada no primeiro episódio, quando ele é substituído por um ator mais novo e desconhecido. Johnny Flynn interpreta o famoso doutor nos seus anos de juventude.
Posso estar sendo amargo, mas gostaria de um foco maior no cientista. O jovem Einstein parece, por vezes, mais preocupado com sua vida sexual do que com qualquer outro assunto. Ele atrasa, de forma deliberada, o desenvolvimento intelectual de Mileva Maric para que os dois possam fazer sexo da forma mais despreocupada possível. A gravidez dela e a perda do primeiro filho parecem não lhe causar problema algum. Mesmo os filhos que vieram depois são profundamente negligenciados. Sua vida sexual é o destaque, pelo menos até a chegada de Elsa em sua vida.
Com a bola novamente com Rush, o personagem fica mais profundo. A entrevista para conseguir o visto americano e fugir da II Guerra é dura e acaba revelando aspectos contínuos do seu comportamento. A defesa da causa dos Judeus também ganha algum destaque, sendo pedra basilar do 8* episódio. Seu peso humano e político é inegável e isso fica cada vez mais claro, embora talvez fosse desnecessário.
Os últimos episódios focaram na sua vida já nos Estados Unidos. Esperava ter visto mais da influência do cientista no desenvolvimento da Bomba Atômica, uma vez que acabou levando a culpa por sua criação. Também fiquei na expectativa na partida de Elsa, mas ele, pelo visto, tem dificuldades em expressar qualquer tipo de emoção, mesmo no trato com os filhos. Uma pena.
O último capítulo mostra sua luta contra a opressão do Governo Americano na época de caça às bruxas. A batalha contra Hoover, com este alegando que o cientista era um comunista, mesmo ele negando, foi suficientemente sangrenta. Parecia estar no destino de Albert levantar-se contra regimes totalitários ou de exceção. Uma vida, sem dúvida, genial!
Que venha a próxima temporada!
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